Século XXI – Ano 1 – Edição 6 – Abril de 2001.


PALAVRA DO PRESIDENTE

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Festa de arromba

Para comemorar seu aniversário em alto estilo, Ana Maria Queiroz – na foto em destaque - , irmã do presidente desta rede, convidou os amigos e familiares para festejar junto com ela cantando. A festa ocorreu no último 30/03 na pizzaria Paloma onde os convidados puderam mostrar seus dons artísticos cantando velhos sucessos no videokê instalado no local.

Havia aqueles menos tímidos que soltavam a voz, as vezes exageradamente e aqueles que só prestigiavam ou sofriam, dependendo do cantor no momento, Bem, de uma forma ou de outra todos se divertiram, cantando ou rindo, foi uma festa e tanto.

Felicidades Ana, queremos estar com você de novo no próximo ano,

CARTAS

Estou triste... Esqueceram de me enviar o Berelando deste mês (03/2001). Please, estou no aguardo de uma resposta.
Marcelo Tavares
mtavaress@ig.com.br

Oi Tchelo Lemon! Não foi esquecimento, o nosso modem foi queimado devido as tempestades de março, atrasando o envio do e-Berel@ndo.

Adorei, muito legal, pena que algumas pessoas ainda continuem se achando. Quero deixar claro que eu prefiroFabio Barros como presidente (brincadeirinha).
Sandra Freire
freiire@bol.com.br

Você conhece a Fátima? Brincadeirinha (também) e obrigado pelos elogios.

Assim não dá! Erramos de novo

Na matéria “A morte do Governador”, Mario Covas disputou o 2º com Paulo Maluf e não Marta Suplicy como foi escrito em algumas edições do Berelando 5.

Na matéria “A história de uma estrela” onde se lê MBP leia-se MPB.

Rede Berel nos EUA!!!!

No dia 03/03/01 embarcou no Aeroporto Internacional de Cumbica em Guarulhos-SP, o nosso embaixador da Rede Berel Valdir Cândido em direção a cidade “dos Anjos” e fazer o seu sonho californiano.

A viagem já era esperada há mais de três meses, como noticiado aqui mesmo neste informativo e exatamente às 12h30 do dia 03, os lenços do casal Tião e Deilde (pais do Valdir) acenavam para avião que decolava rumo a Los Angeles na terra do Tio Sam.

Até o fechar desta edição fomos informados de que o Valdir já ingressou num curso de inglês e logo, logo enviará notícias.

Good Luck!!!

A manchete que ninguém pulicou: “Fechou mais uma banca em SP” - por Fabio Barros

Desde o último 13 de fevereiro, o Parque do Lago está sem uma banca de jornal. A banca Pais & Filhos levou durante 5 anos informação e entretenimento a comunidade através de várias publicações – da mais simples revista de pintar, passando pelos caça-palavras até as melhores revistas de opinião. As dificuldades começaram com a crise do plano real mas, o que atrapalha a vida do jornaleiro é a falta de apoio que ele não tem de seus pseudos-parceiros.

As distribuidoras Dinap e Fernando Chinaglia, detentoras do mercado de entrega de revistas ainda centralizam suas publicações em suas unidades, fazendo os jornaleiros se deslocarem todos os dias de suas bancas para buscar e devolver revistas. Quando organizam sistemas de entrega em banca, o custo é muito alto, principalmente para os jornaleiros da periferia. Por outro lado, as editoras chamam a atenção dos assinantes a promoverem descontos de até 30% do preço de capa, ou seja, transformando o comissionamento do jornaleiro em uma forma de atrair os leitores pelo bolso.

A tecnologia também joga contra os jornaleiros. Hoje que acessa tantos os portais gratuitos quanto aos pagos, têm a disposição várias publicações, afastando ainda mais os leitores das bancas.

Estes preciosos detalhes faz com que a profissão de jornaleiro vá se tornando uma tarefa do passado.

Visita da cegonha

No dia 15/03/01 veio ao mundo mais um berelzinho! Trata-se do filho do casal Rogério (irmão da Carla) e Val. O pimpolho nasceu ás 15h39 pesando 3,69 Kg e medindo exatamente 50 cm após cesariana no Hospital S. Leopoldo em Santo Amaro.

Parabéns ao casal!

Pernas de pau

Como todos sabem, aos sábados pela manhã em Interlagos tem acontecido as partidas de futebol que envolve os "atletas" da Rede. O que muita gente não sabe é da competição interna de ver quem se mantém inteiro!

O primeiro a se desclassificar nessa competição foi o Neto, nosso Editor chefe. Ele deslocou seu ombro na primeira semana em que participava dos jogos.

O segundo a ficar de molho foi nosso amigo Luciano, na partida que ocorreu em 24/03 ele conseguiu "enroscar" seu próprio pé no outro (também seu), e levou um tombo cinematográfico, sofrendo várias luxações. Calma! Não foi nada grave, nosso atleta estará em perfeitas condições após umas três semanas!

Outro "atleta" que se machucou na mesma partida foi o nosso presidente Jorge Luís, que insiste em dizer que não foi nada, mesmo com o dedinho do pé estando do tamanho do dedão!

Essa rapaziada é de lascar!!(literalmente). Isso é que é paixão por esporte!

15 Minutos de fama

Como dizia o papa da cultura pop, Andy Warhol, todos terão pelo menos 15 minutos de fama. A Rede Berel pode não ser (ainda) uma potência como a Rede Globo, mas tem um público considerável. Na seção “Piadas de Russo” da última edição continha perguntas absurdas, quem nos enviar as respostas mais originais para aquelas perguntas, sairá no próximo Berelando... com destaque. Além do informativo impresso, o nome aparecerá também no e-berel@ando, nossa versão eletrônica do informativo e em nosso site na Internet.

A história de um exagerado

Agenor de Miranda Araújo Neto ou Cazuza foi, ao lado de Renato Russo, um dos maiores poetas do rock nacional. Nascido em 04/04/1958, em 1981 foi apresentado, por Léo Jaime, àqueles que seriam seus parceiros ao estrelado: o Barão Vermelho, que tocava um rock visceral e barulhento, bem ao estilo exagerado de Cazuza. Na época os garotos (Frejat e Guto, os mais velhos, tinha apenas 19 anos) tocavam covers dos Stones e do Led Zeppelin, mas Cazuza trouxe seu caderninho de poemas que, com a ajuda de Frejat e seus acordes, foram musicados, revolucionando o rock nacional e tornando-os a versão brasileira dos Glimmer Twins (Jagger e Richards dos Stones). Foram uma fábrica de hits: “Todo amor que houver nessa vida”, “Pro dia nascer feliz”, “Maior abandonado”, “Bete Balanço”, “Pro dia nascer feliz” entre muitos outros.

Em 1985, Cazuza parte em carreira solo, que foi impulsionada pelo sucesso crescente do Barão Vermelho, bem como as versões de suas músicas gravadas por estrelas da MPB (Caetano Veloso com “Todo amor que houver nessa vida” e Ney Matogrosso com “Pro dia nascer feliz”). Neste mesmo ano saia o LP “Exagerado”, que, como em todas as suas músicas, era a sua própria imagem representada em versos e acordes. Em 1987, era lançado “Só se for a dois”, no qual Cazuza começou a voltar as suas raízes na MPB. Com este disco foi novamente um precursor ao mesclar rock e MPB estilos que só iriam ser aceitos juntos na década de 90. Em maio deste mesmo ano, Cazuza descobriria ser soro-positivo, porém, só admitiria a doença dois anos depois. Mesmo escondendo a doença publicamene, nunca se abateu e continuou lutando pela vida como nunca.

Em 1988, lançava o 3º disco: “Ideologia” no qual metia o dedo na ferida: “Senhoras e senhores/Trago boas novas/Eu vi a cara da morte/E ela estava viva” anunciava a canção “Boas Novas”; “O meu prazer/Agora é risco de vida” gritava à todos em “Ideologia” composta com seu eterno parceiro: Frejat. Este disco, o melhor de toda a carreira de Cazuza, era repleto de pérolas: “Blues da Piedade”, “Um trem para as estrelas”, “Brasil” e a belíssima “Faz parte do meu show”.

Mesmo debilitado pela doença, leva “Ideologia” aos palcos mostrando muita coragem e vontade de viver. Este show se transformou em seu 4º LP: “O tempo não para”, gravado no Canecão, RJ nos dias 14, 15 e 16 de outubro 1988, que trazia, além de seus velhos sucessos e os hits consagrados de “Ideologia”, duas músicas inéditas na voz de Cazuza: “Vida louca vida” composta por Lobão Bernado Vilhena e “O tempo não para” composta em parceria com Arnaldo Brandão.

Em 1989, com a doença em seu estado mais avançado, Cazuza só saia do hospital, às vezes em uma maca, para gravar o novo disco ou em momentos muito especiais, como a entrega do Prêmio Sharp no qual ganhou os prêmios: melhor disco, melhor música “Brasil”, prêmios que recebeu em uma cadeira de rodas. O disco gerado em condições dramáticas seria o disco mais difícil de Cazuza. O álbum duplo “Burguesia” chegou às lojas em 21/08/1989. O disco, muito difícil de interpretar na época do lançamento, traz algumas pérolas de Cazuza como “Perto do fogo” composta com Rita Lee, “Cobaias de Deus” com Ângela Ro-Rô”, e a belíssima música de despedida “Quando eu estiver cantando”, que explicitamente era a música que fechava o disco.

Lutando até o final exageradamente como era o seu estilo, Cazuza pararia de cantar às 08h30m do 7 de julho de 1990, tendo sido enterrado neste mesmo dia em Ipanema. Era a morte de um poeta que viveu exatamente o que cantava em seus versos, uma vida louca e exagerada.

ANIVERSÁRIOS

No mês do descobrimento parabéns aos aniversariantes:Mayara Xavier no dia 08/04; Conceição Barros no dia 10/04; a primeira dama Carla no dia 16/04; Fátima Freitas no dia 22/04.

Feliz aniversário a todos.

Piadas de Russo

Pequeno dicionário do Minerin

ARREDA v.i. 1. Verbo na forma imperativa, semelhante a sair, deslocar-se: Arreda pra lá, sô!

BELZONT s.p. 1. Capital de Minas Gerais.

BERABA e BERLANDIA s.p. 1. Cidades famosas do Triângulo Mineiro.

COFÓFÔ EU VÔ p.q.p. 1. Conforme for, eu vou.

DEUSDE prep. 1. Desde: Eu sou magrilim deusde que eu era muleque!

ÉMEZZZ? adj. 1. Minerin querendo confirmação.

ESPIA s.p. 1. Nome da popular revista VEJA quando chega na distante e pequena cidade do minerin.

ESTAÇÃ s.m. 1. Onde desembarcam os minerin com suas malas cheias de queijo.I conj. 1. E: Minino, ispecial, eu i ela, vistido.

IMMM v.t.i. 1. Forma diminutiva: Piquininimm, lugarzimm, bolimm, vistidimm, sapatimm etc....

INTORNÁ g.g. 1. Quando não cabe na vasilha. 2. Derramar.

JIGIFORA p.d.s. 1. Cidade mineira próxima ao Estado do Rio de Janeiro, o que confunde a cabeça do minerin que não sabe se é minerin ou carioca.

KINEM k.b.lo 1. Advérbio de comparação - igual: Ela saiu bunita kinem a mãe.

MA QUI BELEEEZZZ p.d.t. 1. Expressão que exprime aprovação; quando gostou de alguma coisa.

MAGRILIM p.d.v. 1. Indivíduo muito magro.

MINERIN p.lé 1. Típico habitante das Minas Gerais.

NIGUCIM p.ludo 1. Qualquer coisa que o minerin acha pequeno.

NNN p.o.p. 1. Gerúndio do minerês: Brincannno, corrennno, innno, vinnno.

NUÉMERMO? z.bra. 1. Minerim procurando concordância com suas idéias.

NUM... NÃO ã.h. 1. Advérbios de negação usados na mesma frase: Num vô não. Num quero não. Num gosto não.

OIÓ TÓ x.x. 1. Olha aí, ó, toma...

ÓIQUI a.b.c. 1. Minerin tentando chamar a atenção para alguma coisa.

PÃO DJI QUEJ k.h. 1. Alimento fundamental na mesa mineira, disputa com o TUTU a preferência dos minerin.

PÓPÔPÓ? h.xá 1. A mineira perguntando ao marido se pode por o pó (ao fazer café).

PÓPÔPOQUIN o.d.d. 1. Resposta afirmativa do marido.

TREM s.b.p. 1. Palavra que nada tem a ver com transporte e que quer dizer qualquer coisa que o minerin quiser: Já lavô us trem? Eu comi uns trem. Vamo lá tomar uns trem?

TRIANGO MINER-RO m.p.b. 1. Triângulo Mineiro.

TUTU t.u.m. 1. Mistura de farinha de mandioca com feijão prett ou carioquim, triturado e uns temperim lá da horta.

TXII v.i.g.i. 1. O irmão do pai ou da mãe: Mulher do txii é a txxiiiiaa.

UAI u.a.i. 1. O correspondente ao UÉ dos paulista: Uai é uai, uai!

VARGE e.l.a. 1. Aquele legume verde rico em fibras

Histórias da Rede

Por Jorge Luis

Artigo

DIGA NÃO (DE VERDADE )À VIOLÊNCIA
Por José Antonio de Queiróz

Olá, amigos da Rede Berel. Estive conversando com o Berel Fábio Barros e contando para ele da minha dificuldade em escrever um artigo, pois sempre que me coloco diante do computador as idéias desaparecem. Isto talvez se deva ao fato de eu não querer ser apenas engraçado, mas, principalmente, por querer escrever algo que venha a ser útil como forma de estímulo ao pensamento.
Pois bem, sendo assim, vou falar um pouco sobre um assunto um tanto quanto árido, que é a violência, mas por favor não abandone a leitura não, porque eu não vou falar da violência facilmente identificável a que estamos expostos no nosso dia-a-dia. Eu quero chamar as nossas atenções para o tipo de violência que já se banalizou por conta de nossa tolerância para com ela. Será que nós já demos conta de quantas vezes somos violentados sem ao menos termos sido alvos de ladrões, balas perdidas, pivetes com cacos de vidro, etc?
Pois é, procuremos então prestar mais atenção ao nosso redor e até a nós mesmos e perceberemos que não só somos vítimas, mas também vitimamos alguém a quase toda hora. Eu explico: sempre que eu deixar de ensinar o meu filho a respeitar os outros, principalmente os mais velhos, eu estarei permitindo que se cometa uma violência, sempre que eu tocar a buzina do meu carro atrás do motorista que demorou 0,05s para avançar no semáforo que acabou de abrir, eu estarei cometendo uma violência, sempre que chamar a atenção do meu filho mais violentamente diante de estranhos ou até mesmo no meio da rua, eu estarei cometendo uma violência, sempre que eu avançar sobre a faixa de pedestres, eu estarei cometendo um ato violento, se eu buzinar ao lado de hospitais, se atirar sujeira na rua, se deixar de cumprimentar um estranho (estranho como, se são todos filhos de DEUS?), se permitir que alguém sofra com minhas atitudes (ação) ou falta delas (omissão) e tantas outras coisinhas aparentemente simples e “toleráveis” eu estarei cometendo atos violentos e colaborando para a disseminação da violência.Afinal, para vencermos a violência bruta que nos assola nas ruas, temos que dizer um basta também a esse tipo de violência acima citada e muitas das vezes nem sequer tida como tal, vocês não acham? É isso. Um forte abraço e até o nosso próximo encontro. Bye.