A manchete que ninguém pulicou: “Fechou mais uma banca em SP” - por Fabio Barros

Desde o último 13 de fevereiro, o Parque do Lago está sem uma banca de jornal. A banca Pais & Filhos levou durante 5 anos informação e entretenimento a comunidade através de várias publicações – da mais simples revista de pintar, passando pelos caça-palavras até as melhores revistas de opinião. As dificuldades começaram com a crise do plano real mas, o que atrapalha a vida do jornaleiro é a falta de apoio que ele não tem de seus pseudos-parceiros.

As distribuidoras Dinap e Fernando Chinaglia, detentoras do mercado de entrega de revistas ainda centralizam suas publicações em suas unidades, fazendo os jornaleiros se deslocarem todos os dias de suas bancas para buscar e devolver revistas. Quando organizam sistemas de entrega em banca, o custo é muito alto, principalmente para os jornaleiros da periferia. Por outro lado, as editoras chamam a atenção dos assinantes a promoverem descontos de até 30% do preço de capa, ou seja, transformando o comissionamento do jornaleiro em uma forma de atrair os leitores pelo bolso.

A tecnologia também joga contra os jornaleiros. Hoje que acessa tantos os portais gratuitos quanto aos pagos, têm a disposição várias publicações, afastando ainda mais os leitores das bancas.

Estes preciosos detalhes faz com que a profissão de jornaleiro vá se tornando uma tarefa do passado.